Ali mesmo ao lado do Centre Georges Pompidou fica um dos espaços públicos mais interessantes da cidade de Paris. Entre a estrutura tecnológica do Museu e a configuração oitocentista da típica Paris, esta fonte, com obras de Niki de Saint-Phalle e de Jean Tinguely, oferece e proporciona um momento único. Sentamo-nos ou deitamo-nos no banco que delimita a fonte e deliciamo-nos com os pequenos objectos (lábios, sereias, corações, elefantes) sempre em movimento e sempre a lançar água. Há qualquer coisa de quase naif nesses objectos que flutuam sobre a água, mas que nos obrigam a demorar lentamente por ali. Essa é, talvez, a grande virtude de um espaço público: na nossa errância permanente e distraída pela cidade, existir algo que nos detenha, que nos obrigue a demorar num lugar e sentir então que fazemos parte de uma cidade.