construir, desenhar, imaginar [assim mesmo por esta ordem], um mapa, uma linha, um ponto. Muitos pontos, muitas linhas, muitos mapas. Infinitamente, indefinidamente desdobráveis. Pontos, linhas, mapas que se prolongam, que se enleiam obliquamente como perfume, assim como pétalas de rosas que voam sobre bancos de jardim. Construir, desenhar, imaginar [talvez pela ordem inversa] cidades, como uma cartografia imperceptível de afectos, de sombras, de palavras interrompidas, de beijos suspensos pelo tempo. Desenhar, desenhar, desenhar [por qualquer ordem] sobre a infinita superfície do teu corpo, um mapa secreto de lugares impossíveis.
[fim]
*pedro bismarck