[A torre e a rua]
A Torre vê-se ao fundo.
Primeiro apenas como memória,
depois como miragem,
e por fim, desenha-se lentamente,
quase metafisicamente,
quase simetricamente,
sobre a cidade.
A Torre desconfìa.
Sabe algo que ainda desconhece.
Altivamente granitica,
sente-se guardiã da cidade,
é invisível para os que vê[e]m de fora.
A Torre é cúmplice.
Ela respira, ela absorve, ela inspira, perscruta indiscretamente
todos os pensamentos pela passagem.
A Torre Vigía. Não desvela.
Mesmo durante a noite,
partilhamos sempre o mesmo segredo,
sempre o mesmo desejo.
As mesmas vagas esperanças,
o mesmo silêncio abandonado.
Primeiro apenas como memória,
depois como miragem,
e por fim, desenha-se lentamente,
quase metafisicamente,
quase simetricamente,
sobre a cidade.
A Torre desconfìa.
Sabe algo que ainda desconhece.
Altivamente granitica,
sente-se guardiã da cidade,
é invisível para os que vê[e]m de fora.
A Torre é cúmplice.
Ela respira, ela absorve, ela inspira, perscruta indiscretamente
todos os pensamentos pela passagem.
A Torre Vigía. Não desvela.
Mesmo durante a noite,
partilhamos sempre o mesmo segredo,
sempre o mesmo desejo.
As mesmas vagas esperanças,
o mesmo silêncio abandonado.
*[PB]
=desenho: Ana Maria