11.9.08

Novos usos, velhos preconceitos - Botellón nos clérigos?


Ora aí está a forma errada de encarar um problema. Que não é um problema! Mas sim, uma grande oportunidade de se estabelecerem estratégias e discutir o que pode ser o espaço público no Porto. De qualquer modo, queixamo-nos sempre por ter cão ou por não ter. Por isso há que ver os problemas um pouco mais além, a longo prazo, isso é como oportunidades. De qualquer modo não estamos perante nenhum botéllon. Sem tempo para mais, o opozine volta a este assunto brevemente. Fica aqui o artigo do JN:
Bares prometem travar "botellón" nos Clérigos
Os proprietários dos bares da zona dos Clérigos prometeram minimizar o ruído que motivou protestos dos moradores e evitar que chegue ao Porto a moda do "botellón". Mas o principal visado faltou à reunião.
Dez empresários estiveram reunidos, a pedido da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, entre os quais do Armazém do Chá, da Tendinha dos Clérigos, do Lusitano, do Plano B, da Casa do Livro ou do La Bohème. O proprietário da Galeria de Paris, bar que adoptou o nome da rua onde se encontra, faltou, apesar de principal alvo das críticas. Ali, há um balcão exterior a vender bebidas e centenas se concentram, até de madrugada, na via pública.
Além disso, cada vez mais pessoas, quando ali chegam, já trazem garrafas e outros vasilhames com álcool, diz a associação, temendo que a moda espanhola do "botellón" se instale no Porto. Porém, os protestos dos moradores estendem-se a outras ruas, como Cândido dos Reis, Conde Vizela, e outras artérias adjacentes.
Os bares acordaram em avançar com medidas "de forma a evitar a ocupação da via pública nos moldes em que está a ser praticada, com balcão de venda e/ou apoios ao exterior", disse, ao JN, o presidente da associação, António Fonseca. E prometeram "minimizar o ruído e a sujidade".
A associação ficou de contactar com a Galeria de Paris, admitindo avançar com "medidas drásticas junto da Câmara, forças policiais e entidades fiscalizadoras" se não houver receptividade.
A associação teme que a situação possa servir de "pretexto político" para fechar ou controlar os horários dos bares.