Penso que este é o momento pertinente para partilhar algumas ideias acerca do Seminário e Workshop Porto Redux, que se realizou entre Abril e Maio de 2008, no Espaço Oficina da Rua Miguel Bombarda no Porto e foi realizado pelo magazine digital Opozine; pela FAUP- (CCRE + MIPA), e pela revista Dédalo.
O Porto Redux pretendeu, em três sessões temáticas, e partindo do exemplo do Mercado do Bolhão: (1) Compreender as novas dinâmicas urbanas da cidade; (2) Compreender a importância da reabilitação urbana no desenvolvimento da cidade; (3) Enquadrar o papel dos arquitectos e das escolas de arquitectura nesse processo de transformação.
Contou com a presença de muitos actores fundamentais desses processos, entre eles, os professores Álvaro Domingues e Rio Fernandes, o Dr. Rui Moreira, os arquitectos Souto de Moura, Nuno Portas e Correia Fernandes. Geógrafos, Economistas, Arquitectos, Urbanistas que tentaram perceber o que é, e o que pode ser a cidade contemporânea. Mas também, quais são as novas dinâmicas emergentes que geram os traçados voluptuosos e invisiveis das novas metropoles. Mostrando simultaneamente que a actividade da arquitectura não se esgota nos limites interiores das paredes da casa, mas é uma área fundamental para pensar e desenhar a cidade.
Tentando ser o mais possivel sintético e essencial gostaria de deixar aqui no Baixa do Porto (e também no opozine, no porto.redux e no CCRE) ao longo das próximas duas semanas os contributos de alguns intervenientes no Seminário. Mas também, e isto parece-me o mais importante para o debate que se está a gerar em redor do Bolhão, apresentar aqui as propostas realizadas pelas quatro equipas de alunos e professores no Workshop Porto Redux.
As propostas coordenadas pelos arquitectos André Eduardo Tavares, Camilo Rebelo, Filipa Guerreiro + Tiago Correia, Nuno Brandão Costa e Tiago Coelho, foram realizadas por estudantes da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP); alunos do Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público (MADEP - FBAUP); e alunos do Departamento de Arquitectura da Universidade Lusíada. Pretendeu-se reflectir sobre o Mercado do Bolhão no seu contexto iminentemente urbano, cultural, sociológico e histórico, propondo programas, estratégias, que permitam recuperar não apenas a sua forma, mas também, o seu conteúdo simbólico e urbano - a sua marca na cidade.
Penso que o trabalho produzido nos quatro dias de workshop e a discussão produzida nas três sessões do seminário foram da máxima importância. Não apenas para nos libertar de algumas ideias tradicionalmente pré-concebidas, mas também, para percebermos que existem soluções rentáveis e criativas. E que, provavelmente, as soluções mais rentáveis serão as mais criativas. Acabou o tempo do isto é isto e aquilo é aquilo, das certezas absolutas, dos programas fixos e das estratégias demasiado formalistas. Nestes tempos onde tudo (até no Porto) muda demasiado rapidamente, ganharão as propostas e as ideias que apostam na diversidade e na flexibilidade, que apostam nos programas criativos (não necessariamente arrojados) e que apostam e constroem estratégias meta-urbanas e, não apenas, localistas. Que vêem para além das paredes que limitam os edíficios, como, de certa maneira, diz o Arquitecto Nuno Portas no texto que serviu de mote à segunda sessão do Seminário. Texto que aliás propunha que fosse o primeiro desta série de releases que o Porto Redux apresenta, a partir de amanhã.
Espero que este seja um contributo essencial para esta discussão, mas também, para toda a discussão em volta da cidade, para toda a discussão acerca daquilo que o Porto é, e poderá ainda ser.
Com os melhores cumprimentos
Pedro Bismarck
+++ Links
www.opozine.blogspot.com
http://web.ccre.arq.up.pt/projectos/show.php?projecto_id=241
+++ Videos conferências
aqui
+++ Arquivo fotográfico
aqui
O Porto Redux pretendeu, em três sessões temáticas, e partindo do exemplo do Mercado do Bolhão: (1) Compreender as novas dinâmicas urbanas da cidade; (2) Compreender a importância da reabilitação urbana no desenvolvimento da cidade; (3) Enquadrar o papel dos arquitectos e das escolas de arquitectura nesse processo de transformação.
Contou com a presença de muitos actores fundamentais desses processos, entre eles, os professores Álvaro Domingues e Rio Fernandes, o Dr. Rui Moreira, os arquitectos Souto de Moura, Nuno Portas e Correia Fernandes. Geógrafos, Economistas, Arquitectos, Urbanistas que tentaram perceber o que é, e o que pode ser a cidade contemporânea. Mas também, quais são as novas dinâmicas emergentes que geram os traçados voluptuosos e invisiveis das novas metropoles. Mostrando simultaneamente que a actividade da arquitectura não se esgota nos limites interiores das paredes da casa, mas é uma área fundamental para pensar e desenhar a cidade.
Tentando ser o mais possivel sintético e essencial gostaria de deixar aqui no Baixa do Porto (e também no opozine, no porto.redux e no CCRE) ao longo das próximas duas semanas os contributos de alguns intervenientes no Seminário. Mas também, e isto parece-me o mais importante para o debate que se está a gerar em redor do Bolhão, apresentar aqui as propostas realizadas pelas quatro equipas de alunos e professores no Workshop Porto Redux.
As propostas coordenadas pelos arquitectos André Eduardo Tavares, Camilo Rebelo, Filipa Guerreiro + Tiago Correia, Nuno Brandão Costa e Tiago Coelho, foram realizadas por estudantes da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP); alunos do Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público (MADEP - FBAUP); e alunos do Departamento de Arquitectura da Universidade Lusíada. Pretendeu-se reflectir sobre o Mercado do Bolhão no seu contexto iminentemente urbano, cultural, sociológico e histórico, propondo programas, estratégias, que permitam recuperar não apenas a sua forma, mas também, o seu conteúdo simbólico e urbano - a sua marca na cidade.
Penso que o trabalho produzido nos quatro dias de workshop e a discussão produzida nas três sessões do seminário foram da máxima importância. Não apenas para nos libertar de algumas ideias tradicionalmente pré-concebidas, mas também, para percebermos que existem soluções rentáveis e criativas. E que, provavelmente, as soluções mais rentáveis serão as mais criativas. Acabou o tempo do isto é isto e aquilo é aquilo, das certezas absolutas, dos programas fixos e das estratégias demasiado formalistas. Nestes tempos onde tudo (até no Porto) muda demasiado rapidamente, ganharão as propostas e as ideias que apostam na diversidade e na flexibilidade, que apostam nos programas criativos (não necessariamente arrojados) e que apostam e constroem estratégias meta-urbanas e, não apenas, localistas. Que vêem para além das paredes que limitam os edíficios, como, de certa maneira, diz o Arquitecto Nuno Portas no texto que serviu de mote à segunda sessão do Seminário. Texto que aliás propunha que fosse o primeiro desta série de releases que o Porto Redux apresenta, a partir de amanhã.
Espero que este seja um contributo essencial para esta discussão, mas também, para toda a discussão em volta da cidade, para toda a discussão acerca daquilo que o Porto é, e poderá ainda ser.
Com os melhores cumprimentos
Pedro Bismarck
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