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#Casa no bairro das fontainhas, Panjim - Goa
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Goa é terra de estranhas e improváveis misturas. E assim foi a chegada a Velha Goa, onde apenas vemos palmeiras e igrejas, os últimos e únicos vestígios daquilo que já foi a maior cidade da Ásia e a maior cidade portuguesa. Aqui as igrejas religiosamente pintadas de branco emergem por entre a vegetação tropical, são cerca de 15 mais os conventos, tudo o resto é literalmente paisagem e imaginação. A cidade perdeu-se para sempre, encontramo-la apenas nas pedras que foram trazidas para fundar a nova capital no século XVIII.
Panjim, é uma cidade portuguesa com cheiro indiano e desenha de forma maravilhosa a aglutinação desses dois mundos. As casas coloridas, as ruas e as praças que são definitivamente portuguesas. E depois, essas varandas imersas em flores, as palas e as portadas feitas de madrepérola, os telhados, os portões com nomes portugueses, os parapeitos, as janelas que exalam esse aroma a especiarias misturado com uma voz portuguesa.Tudo isso é ainda português e sinto-me enganado por em tantos anos de escola e universidade, nunca me terem mostrado nem uma única imagem, nem uma única referencia de todo esse magnifico património que aqui construímos. Não percebo esse divórcio e a falta de interesse que nos separa destes territórios que ajudamos a construir durante tantos séculos. Ou será essa uma característica intrínseca da nossa mentalidade? De qualquer modo, há sempre esse ar português de alguma coisa que o foi, mas que já não é. Existe do outro lado do mar. Permanece a saudade...
Panjim, é uma cidade portuguesa com cheiro indiano e desenha de forma maravilhosa a aglutinação desses dois mundos. As casas coloridas, as ruas e as praças que são definitivamente portuguesas. E depois, essas varandas imersas em flores, as palas e as portadas feitas de madrepérola, os telhados, os portões com nomes portugueses, os parapeitos, as janelas que exalam esse aroma a especiarias misturado com uma voz portuguesa.Tudo isso é ainda português e sinto-me enganado por em tantos anos de escola e universidade, nunca me terem mostrado nem uma única imagem, nem uma única referencia de todo esse magnifico património que aqui construímos. Não percebo esse divórcio e a falta de interesse que nos separa destes territórios que ajudamos a construir durante tantos séculos. Ou será essa uma característica intrínseca da nossa mentalidade? De qualquer modo, há sempre esse ar português de alguma coisa que o foi, mas que já não é. Existe do outro lado do mar. Permanece a saudade...
#Pedro Bismarck [abril 2006]